domingo, 20 de maio de 2012

Sinto-me inútil ao estar em casa

Sinto me inútil quando deveria estar a marcar a diferença.
Assim, estou à janela a ver um dia que começou bem que me levou ao pensamento de suicídio e me devolveu à paz que procurava.
Por vezes  precisamos de morrer um pouco para dar vida.

Apetece-me descer a rua assim como estou, semi-nu, e deitar a baliza do bairro ao chão, se eles podem estragar a relva que eu tanto gosto, suja-la com cascas de bananas e latas de cerveja, tenho vontade de fazer justiça, tenho necessidade de aprender.

Sinto que o rio do conhecimento não chega mais às minhas terras como outrora.
Dou poucos frutos que alimentam poucas almas, há pequenos eus a morrer dentro de mim.

Chove lá fora

Chove cá dentro.
As arvores abanam com o vento
A tinta das paredes é rasgada, as folhas das arvores caem, os pombos voltam para o ninho.
Chove em minha casa e chove na do vizinho.
Há pelo ar aquilo a que vulgarmente chamamos algodão.
A Prima Vera chega por fim!

Como podes?

Como podes estar tu triste se os pássaros cantam lá fora
O Sol atravessa a tua janela as crianças brincam lá fora
As avós beijam os netos os pais abraçam os filhos e as mães beijam os pezinhos dos bebes?

Estás triste ou assim és?
Não sei, tudo me leva a crer que és tu e não o mundo. O teu problema.
Vestes-te de preto, isolas-te já há muito.

Queres sair, queres ter cor mas há algo que te bloqueia, o teu rio tem uma barragem cuja construção não tem planos nem data, que não deixa fluir o teu ser interior, que deixa as tuas margens secas.
Assim acaba a vida e assim acabas tu.


Como podes estar tu triste se os pássaros cantam lá fora
O Sol atravessa a tua janela as crianças brincam lá fora
As avós beijam os netos os pais abraçam os filhos e as mães beijam os pezinhos dos bebes?


sexta-feira, 4 de maio de 2012


Magna Mater












Tu que és como a a terra, fértil e frutífera
Tu que espalhas a vida oh mãe terra.

Com os teus rios que correm por vale ou serra
Vê, vê como correm, vê como são livres e felizes.
Tu mãe terra, que desceste do teu pedestal divino
Para me dar origem, idoso, jovem, menino.
Tu que das vida aos “Franciscos” e ”Beatrizes”
Tu que controlas os ventos e domas a fera.

Tu que és como a a terra, fértil e frutífera
Tu que espalhas a vida oh mãe terra.

Desde o principio que és venerada
Esquecida talvez mas não apagada.
Tu que mostraste à humanidade como caminhar
Tu que lhe entregaste mais do que o que podias entregar.
Tu mãe terra, mãe dos deuses, mãe dos homens
Para eles és tudo e para eles és nada.

Tu que és como a a terra, fértil e frutífera
Tu que espalhas a vida oh mãe terra.