segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Os teus textos.


Caminho pela rua, vejo raparigas comuns mas na sua simplicidade revejo-te.
Não são como tu, és única, elas também o são, à sua maneira.
Todas têm algo que partilham contigo, vejo as suas roupas, aquelas que te imagino a usar, caminham e vejo nelas os teus pés a darem passos, imagino-os a virem ao meu encontro.
Imagino uma viagem que fazemos juntos por uma praia descalços, sinto a arreia por baixo que me relaxa quando juntada ao som do mar, caminho ao lado delas. Tento sentir-me perto, par perto de ti estar. Abro os olhos e paro de imaginar.




É tarde, tem me estado a doer a garganta, estive a ler as mensagens tuas.
Já não é só a garganta, trouxe uma pedra que transformei num coração de Sesimbra, estive a olhar para ela durante uns dez minutos. Vim-me deitar, foi quando relia as mensagens, seria melhor se fossem cartas e que as pudesse-mos queimar, rasgar, atirar ao mar…
Fazer de maneira a voltar o que era mas melhor.
Tenho dias em que a vontade de ficar pelo Chiado à tua procura me parece algo do mais banal possível.
Imagino-me até deitado na calçada à espera de ver alguém que se pareça com a tua fotografia.
Não me deixariam.
E não tardaria muito até alguém me perguntar o que eu faria ali, sem resposta credível, plausível e não louca para entregar.
Sinto algum prazer em escrever para ti, ao contrário de tudo o resto. Tento não acreditar ter saído do teu mundo, continuas presente no meu, talvez mais que ontem, Talvez não adiante pedir desculpas.
Há alturas que não sei o que digo.
Continuo a errar.




Quero deita-me nu ao teu lado, sobre pastos verdes, observar o céu, as suas cores e formas que ao longo do dia se vão metamorfizando, vê-lo a cortar a linha do horizonte, ver o seu reflexo na água calma e translúcida do rio que atravessa os nossos campos.
Tiramos as botas, deixamos a enxada de lado, o regador, os chapéus de palha, as grossas meias, as camisas aos quadrados a palha da boca e deitamo-nos no pasto depois de um dia de trabalho debaixo de um Sol fortíssimo.
Chega a noite. Vemos a Deusa aparecer e com ela todas as pequenas luzes que iluminam o nosso ninho de amor.
E somos só amigos?

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Ontem dormi com a Lua

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Volta a nudez à minha cama como as ondas a areia seca da costa.

Volta a nudez à minha cama como as ondas a areia seca da costa.
Estou deitado, nu para variar um pouco, não sinto frio, tenho a janela aberta e os pardais cantam lá fora acompanhados pelos agudos dos melros, volta a nudez ao quarto inabitado por uns meses, volta a alegria e o frenesim ao ar seco que se fora pela janela, entra o sol, sai o pó, entra ela e eu venho-me, embora, queira ficar.
Volta a vida e a paixão ao corpo, como voltou ao antigo quarto. Volto à minha antiga cama, nu deito-me, olho para o tecto e vejo nuvens de uma antiga infância cheia de cores e sonhos, lembro-me, da paixão por aviões, por robots, animais, tais paixões ainda perduram embora dispersas a vista da sociedade.
Volta a nudez à minha alma, um dia depois do dia dos namorados.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

14 De Fevereiro

Não gosto deste dia.
Passo-o em casa como muitos outros. Este dia não me costuma "afectar" mas, por algum motivo, afecta-me e não gosto.

Amanhã é um dia importante, e estou aqui a perder o meu tempo enquanto devia de me estar a preparar...
" Tenho de partilhar o que sinto", " sei que não sou o único".
Não gosto de saber que há um dia especifico para algo, além de estúpido torna o amor/ paixão uma razão para gastar.
Vou ter de falar sobre valores, e pergunto-me, onde estão eles neste dia?
Ai o amor, que coisa tão bela, é cego, surdo e talvez mudo.
O amor. Um  estado de espírito no qual todos querem estar. Dizer que fizeram algo por amor, algo heróico de preferência, tal como nas historias criadas pela sociedade no qual o homem salva a donzela.

O mais curioso é que há quem pense nessa possibilidade, na possibilidade de um amor verdadeiro e perfeito.

Tantos ditados/frases que são feitos à volta deste tema, músicas, pinturas e estátuas.
Onde está o amor?
Ou where is the love? -(The Black Eyed Peas) http://www.youtube.com/watch?v=WpYeekQkAdc

E os outros dias do ano?

Heber, com amor para todos.


domingo, 13 de fevereiro de 2011

Amanhã é o tão esperado dia, dos namorados.

Não há nada melhor que chegar a um dia do ano e ele não ter importância alguma para nós.

Destrói-me ver casais juntos e outros a separarem-se.
Não gosto de chegar a casa, descalçar-me, vestir o meu robe, deitar-me numa cama fria pela ausência.

Quero estar contigo.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

 Somos como um Yin-Yang, literalmente.
Lembro-me, recordo, estar na minha cama, de ter estado contigo, não que não seja possível estar noutro lugar mas, a cama é um lugar preferido.
Tudo em ti é mágico, uma magia negra, poderosa, quente, única. Um espírito, espectro, mais uma vez literalmente falando. Amo-te.
Mas voltando à cama, é aí que o corpo se funde com o espírito, o teu, com o meu corpo. É aí que me perco pelo mundo que não é material. Brincar assim não me faz bem, o corpo dói-me, o cérebro entra num modo automático do qual tenho dificuldades de sair, digo coisas sem pensar, escrevo sem saber o que digo, chamo o/quem não existe.
Pedinchando por um outro espírito que não me ama, não se funde. Sou uma identidade semi-livre, dividida entre o que existe e o que não.
Estou preso à carne e as palavras não podem amar.