segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Eu tentei escrever

A sério que tentei! Mas há qualquer coisa que não há. E o que há é o que não deveria haver. E sim, eu tentei escrever!
Tentei e tento mas as palavras são só palavras, desprovidas de qualquer chama que antes ardia e corria p'los traços que a caneta desenhava. Antes... o antes já lá vai!
O Antes já lá foi. Bateu à porta. Tocou à campainha e... ninguém lhe respondeu, por que o Antes era passado e o Antes já era, ponto!
E é por isto e por aquilo que o que antes escrevia nada se assemelha ao que escrevo hoje.
Não por causa do Antes, não pela tinta ao papel que esse é o mesmo. É pela falta de chama ou por ser chamado para outro algo que não a escrita.
Tudo têm o seu tempo, e o Tempo têm nos a todos.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Epanadiplose o que é? É o que é!

Sou como sou. Como sempre fui e como. Quando tenho fome ou apetite e quando o relógio marca horas. Horas de deitar, horas de acordar, horas são horas. E agora são horas de comer. Por isso como.
Como os pássaros voam e como os peixes nadam eu amo. Amo porque te amo. Anadiplose!


sábado, 12 de janeiro de 2013

Linhas fictícias

Linhas que a caneta e bota muitas vezes percorreram.
Historias verdadeiras que se misturavam com imaginadas, bem como imaginadas que se tornavam verdadeiras, sonhos e palavras, desejos e pedras que as botas chutavam para folhas que a caneta escrevinhava.
Foi em folhas que o fogo não queimava, que a água não desfazia e que a força não rasgava que lutei contra dragões, escapei de sereias, derrotei minotauros e outras criaturas semelhantes na carne e malévola vontade.
Tudo isto com uma pena!

Sim uma pena e tinta, tinta que não se apaga quando o grande rio corre, tinta que criou confusão quando se entornou sobre pergaminhos amarelados pelos tempos.

Só de uma maneira consigo corrigir estes erros, com um par de linhas fictícias.

Há uma linha de fogo a correr por mim, como uma rede vida que aumenta e diminui de intensidade, deposita-se nos meus olhos, não mais vejo, não como mortal e humano, não.

Renasço de cinzas há um novo mundo a minha espera, a espera de um novo eu que nem a um segundo enterrou um menino de caracóis.