sábado, 12 de janeiro de 2013

Linhas fictícias

Linhas que a caneta e bota muitas vezes percorreram.
Historias verdadeiras que se misturavam com imaginadas, bem como imaginadas que se tornavam verdadeiras, sonhos e palavras, desejos e pedras que as botas chutavam para folhas que a caneta escrevinhava.
Foi em folhas que o fogo não queimava, que a água não desfazia e que a força não rasgava que lutei contra dragões, escapei de sereias, derrotei minotauros e outras criaturas semelhantes na carne e malévola vontade.
Tudo isto com uma pena!

Sim uma pena e tinta, tinta que não se apaga quando o grande rio corre, tinta que criou confusão quando se entornou sobre pergaminhos amarelados pelos tempos.

Só de uma maneira consigo corrigir estes erros, com um par de linhas fictícias.

Há uma linha de fogo a correr por mim, como uma rede vida que aumenta e diminui de intensidade, deposita-se nos meus olhos, não mais vejo, não como mortal e humano, não.

Renasço de cinzas há um novo mundo a minha espera, a espera de um novo eu que nem a um segundo enterrou um menino de caracóis.

2 comentários:

  1. Há uma linha ....
    já ouvimos a algum tempo que existe uma "linha" que separa o presente do passado, do real e do fictício...
    Contudo todo o ar continua a correr, as folhas a cair e o coração a bater, por isso a caneta continua a rabiscar. Mais e Mais como algo muito confuso, mas que mais no fim dará um bonito e harmonioso desenho...

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  2. Se o sentimento de orgulho é pecado,então...Perdão meu Deus.Adoro-te Verão da minha vida.

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