Lá fora o vento corria pelas ruas, os pássaros habitavam os seus ninhos, um frio característico marcava a época.
Uma família passeava pelas ruas, todos eles bem vestidos de forma a aguentar as baixas temperaturas.
Uma família de brasão, mas especificamente aquela que alberga a águia e o escudo.
Era a noite de antevéspera de natal, na estrada tal como no passeio uma fina camada de neve cobria os dias anteriores.
Tudo parecia propício á magia do natal, certas luzes em certas árvores, bonecos de neve nos quintais, as lareiras sempre acesas, a família reunida.
Passaram por uma loja, na montra estava uma pistola de brincar, uma de fulminantes, o rapaz gostou dela.
Todos seguiram, uns 4 ou 5 metros mais á frente o pai disse para o rapaz:
-Toma, vai comprar se conseguires.
Assim ele fez, pegou na nota e foi a correr em direcção á loja.
Mas esta estava fechada. Voltou para junto do pai entregou o dinheiro, e a sensação ficou com ele.
Ainda a tem na memória, tudo naquele dia parece fortemente presente, os cheiros, a temperatura, o que sentiu quando percebeu que tinha sido gozado, o que sentiu depois de saber que podia ter o que não teve.
Tudo por uma questão de horas.

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