domingo, 22 de agosto de 2010

O veneno

Dentro do frasco, algo fez um barulho como se contra o vidro batesse, abro-o, ele bufa e por mim chama, diz-me:
-Bebe!
Não sei se dei ouvidos, sei que o bebi porque estou deitado no chão.
Olhos vermelhos, boca a espumar, cabelos cor de cinza, unhas pretas, pele enrugada , língua azul.
Fujo da lua, escondo-me, durante o dia durmo, de noite escrevo, procurando a luz que ilumina a perfeição.

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