Procuro as palavras como procuro uma luz que me guie.
Peço que as palavras subam pela garganta acima como o veneno por ela abaixo escorre.
Desejo-te mas não te tenho.
Vejo-te mas não te sinto.
Dormimos juntos mas não há prazer, em vez disso há um caderno, um diário onde escrevinhamos os nossos dias, o que nos preocupa.
Não me confio.
Tiro as luvas, queimo as folhas, a tinta, as penas.
O meu grande caderno só por mim é lido.

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