Arrasto uma folha sobre a mesa e com ela a ideia de desenhar a perfeição.
Perco-me a vaguear pelo pensamento em busca de pormenores, sou levado a outros mundos vejo-me a falar sobre o tempo, por fim, depois de correr por tantos caminhos, temas, palavras chego a conclusão de que Ela é a perfeição, o feminino, capaz de gerar vida, capaz de enfeitiçar, belo demais para ser possuído por alguém.
É raro o dia que não o deseje, a sua companhia, a sua fala, a sua simples presença.
Lentamente o lápis vai deslizando sobre a folha, pouco a pouco um corpo nu nasce, belo, imagino a sua voz, o seu cheiro, o seu sorriso, dentes pérola perfeitamente direitos não de uma forma artificial, os olhos de mais pura cor que a natureza tem.
Imagino-a num banco de jardim, um vestido branco tal como os animais que na sua companhia se encontram, olha para mim, as pombas e rolas voam, os coelhos e raposas saltam tal como todos os outros se evaporam por entre as flores.
Pede-me a mão, segura-ma, sorri.
A sua pele nem as rosas nem as melhoras cedas se podem comparar, a sua respiração tão leve e serena, beija-me a face, nesse instante tudo desaparece excepto o banco e Ela.
Acordo arrasto uma folha sobre a mesa com a ideia de explicar que a perfeição não existe só num ser.

wwauuu!! consegui mesmo imaginar .... ou seja significa que adorei o texto! :P
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