A noite desce águas negras vejo e vem saber nelas me afundo, um aroma meu conhecido paira no ar, vejo um barco ao fundo, iluminado, alegria, a promessa de uma noite bem passada, a possibilidade de um novo começo, uma nova vida, um novo amor, sólido, e a promessa de um abraço, algo simples que muitas vezes desprezamos mas é algo tão mágico.
Eu próprio liberto o aroma, o oráculo pede me para não o fazer. Paro.
Trocas de olhares sem eu saber o que significa, sinto me fraco, o barco abana, maldita criatura agita as negras águas onde me afundara.
Objectivo: Chegar ao cais, são e salvo, feliz e com mais vida do que aquela que entregara.
Mas quem este barco dirige têm de ter mais experiência de vida. O leme não é para qualquer um, quem ai vai sabe o que faz tendo em conta o melhor para os outros.
A hora da chegada ao cais faz mover os ponteiros dos dois relógios nunca certos.
Onde foram as promessas? os planos? a alegria com que embarcara? a vida que seria suposto receber?
Amaldiçoadas águas negras que bebi, que me mudaram sem a força das ondas que costumam ter.
Assim, regressa oráculo aos céus e eu a casa.
Deito me com maldita criatura no corpo.
quinta-feira, 10 de junho de 2010
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As possibilidades de recomeço dam esperanças a vida, e mesmo em águas escuras vale a pena navegar. bjos de bom fim de semana.
ResponderEliminarpor momentos acreditei, que era um sonho que pintei...
ResponderEliminarpor momentos pensei, "cais","chegar", são palavras que te enviei...
por momentos parei, reflecti, senti, e vivi...
e cheguei a conclusão que nem sempre os barcos conseguem chegar ao cais, antes de se afundarem, ou mesmo um avião aterrar em segurança quando voa o oceano, tal como no texto que publiquei a pouco, isto são pedras, pedras essas que iras usar mais tarde para construir o teu castelo...
ai perguiça, perguiça...que ver tanta palavra me dá vontade de nao as ler. por isso simplesmente digo: "vida negra de negra mente"
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