quarta-feira, 9 de junho de 2010

A janela mal fechada

Pela calçada caminhava.



Com um sorriso no rosto, uma rosa vermelha na mão, o coração apertado sem motivo aparente.



O ar faltava à minha volta, os deuses, esses, derramavam lágrimas sobre mim. Logo agora que aprendera a compreende los...Mas não bastava! Eles estavam a tentar dizer me algo. Que eu tão débil e inculto não compreendi.



...



Vejo-me, deitado, a rosa não está na minha mão, a chuva cessara, lembro-me de alguém ou algo me puxar, lembro-me da sua voz, calma, doce, melodiosa, um sussurro um pouco tremido como se fosse um eco prolongado. Senti-me leve como se pertence-se ao vento.


Não percebera de imediato o que se tinha passado, mas depois de ver uma ambulância...

Um pequeno rio da cor da rosa fluía do meu corpo tapado por um plástico preto, marcas de rodas desenhavam o que sucedera naquele momento.

Estava triste, sentia lágrimas a cair e via a caírem mas não molhava o saco onde meu corpo estava.

O rio alcança a rosa, vejo a criatura que me puxara.

Vejo a luz e renuncio ao seu chamamento, não quero, não quero partir já! que mal eu fiz?, a criatura pede me para abrir o saco, faço-o, percebo que não há volta a dar.

2 comentários:

  1. este texto é mt triste ...
    :(

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  2. "foi desta para melhor"

    pensava eu que por tristesa te via a ir... mas, vendo por palavras há muito ditas, as lágrimas que derramo sobre teu corpo, sao lagrimas de alegria.

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